Contexto: A irregularidade subtil e as línguas curtas da mucosa colunar (CAM) na linha Z são frequentemente observadas durante a EGD. Embora o risco de segmentos curtos do esôfago de Barrett progredindo para adenocarcinoma esofágico ainda não esteja claro, alguns especialistas têm defendido a colocação de todos os pacientes com qualquer extensão do esôfago de Barrett em um programa de vigilância endoscópica. A freqüência da metaplasia intestinal (IM) e o limiar para biópsia de segmentos tão curtos na prática comunitária ainda não foram claramente definidos. Objetivo: Identificar a frequência de CAM e IM no esôfago distal dos pacientes que se apresentam para a EGD no ambiente da comunidade. Métodos: Foram estudados 207 pacientes consecutivos que se apresentaram ao autor para a realização de EGD no Centro Médico Luterano Exempla, em Wheat Ridge, Colorado. O CAM foi definido como qualquer extensão proximal da mucosa vermelha escura medida a partir das cabeças proximais das pregas gástricas. As CAM foram categorizadas da seguinte forma: linha Z irregular, 1 cm, 2 cm, ou ≥ 3 cm de comprimento. Uma linha Z irregular foi definida como qualquer língua discreta ou ondulação exagerada da linha Z que se estendia proximalmente a menos de 1 cm. Duas a 4 biópsias foram obtidas com pinça padrão; as biópsias foram feitas em 4 quadrantes a cada 2 cms para segmentos >3 cms. Todas as lâminas foram coradas com uma combinação de PAS e azul de Alcian a pH 2,5. A IM foi definida como epitélio colunar especializado contendo células gobelétricas. Resultados: Havia 104 fêmeas e 103 machos com idade média de 57,5 anos. As indicações mais comuns para a DMGE foram disfagia (63), sintomas de refluxo (62), dor abdominal (40) e sangramento gastrointestinal superior (33). Os achados endoscópicos mais comuns foram esofagite (45), anel de Schatzki (45), úlcera péptica (37), normal (21) e estrictura péptica (12). 42/207 pacientes (20,2%) tiveram CAM de qualquer comprimento. 26 destes 42 pacientes (61,9%) apresentavam uma linha Z irregular. Apenas 2 dos 26 pacientes (7,7%) com uma linha Z irregular tinham IM. Isto foi comparado à IM identificada em 4/7 (57,1%) com 1 cm, 5/5 (100%) com 2 cm, e 3/4 (75%) com ≥ 3 cm de CAM. Nenhum dos pacientes com MI apresentava displasia da MI. Nos pacientes com CAM que não tiveram MI detectada, o achado mais comum foi inflamação crônica leve da mucosa gástrica. Conclusões: Embora uma linha Z irregular seja um achado comum na prática de EGD na comunidade, a IM é excepcionalmente identificada na biópsia (7,7%). Por outro lado, a IM é freqüentemente identificada em segmentos de CAM de pelo menos 1 cm de comprimento (75%). Embora mais estudos sejam necessários, estes dados sugerem que pequenas variações de menos de 1 cm na linha Z não requerem biópsia endoscópica.
By adminLeave a Comment on ⁎3520 A LINHA Z IRREGULAR NA PRÁTICA COMUNITÁRIA: PRECISAMOS DE FAZER UMA BIÓPSIA?