exemplo hipotético de flores roxas

A maneira mais fácil de entender um teste de complementação é por exemplo (Fig.4.9). O pigmento em uma flor roxa pode depender de uma via bioquímica muito parecida com as vias bioquímicas que levam à produção de arginina em Neurospora (revisão no Capítulo 1). Uma planta que não tem a função do gene A (genótipo aa) produziria flores brancas mutantes, parecidas com as flores de uma planta sem a função do gene B (genótipo bb). (A genética de dois loci são discutidas mais nos capítulos seguintes.) Ambos A e B são enzimas no mesmo caminho que leva de um composto incolor#1, composto incolor#2, até o pigmento roxo. Blocos em cada passo resultarão em uma flor branca mutante, não roxa tipo selvagem.

Figure \(\PageIndex{9}}): Nesta via bioquímica simplificada, duas enzimas codificadas por dois genes diferentes modificam os compostos químicos em duas reacções sequenciais para produzir um pigmento púrpura. A perda de qualquer uma das enzimas perturba a via e nenhum pigmento é produzido. (Original-Deyholos-CC:AN)

Estrias com mutações no gene A podem ser representadas como o genótipo aa, enquanto que as cepas com mutações no gene B podem ser representadas como bb. Considerando que existem dois genes aqui, A e B, então cada uma dessas cepas mutantes pode ser representada mais completamente como aaBB e AAbb. (APRENDENDO OBSERVAÇÃO: Estudantes geralmente esquecem que os genótipos geralmente mostram apenas loci mutantes, no entanto, deve-se lembrar que todos os outros genes são assumidos como sendo do tipo selvagem.)

Se essas duas cepas forem cruzadas, a progênie resultante será toda de AaBb. Elas terão ambos um tipo selvagem, o gene funcional A e o gene B e terão assim uma flor pigmentada, roxa, um fenótipo de tipo selvagem. Este é um exemplo de complementação. Juntos, cada estirpe fornece o que falta à outra (AaBb). As mutações estão em genes diferentes e são assim chamadas mutações não-alleicas.

Agora, se nos for apresentada uma terceira estirpe mutante de flor branca, de origem independente, não saberemos inicialmente se é mutante no gene A ou gene B (ou possivelmente em algum outro gene ao todo). Podemos usar testes de complementação para determinar qual gene é mutante. Para realizar um teste de complementação, dois indivíduos homozigotos com fenótipos mutantes similares são cruzados (Figura \PageIndex{10}}).

Se a descendência F1 tem todos o mesmo fenótipo mutante (Caso 1 – Figura \PageIndex{10})A), então inferimos que o mesmo gene é mutado em cada progenitor. Estas mutações seriam então chamadas de mutações alélicas – no mesmo locus genético. Estas mutações FALECEM para se COMPLETAM umas às outras (ainda mutantes). Estas poderiam ser exatamente os mesmos alelos mutantes, ou mutações diferentes no mesmo gene (alélico).

Conversamente, se a progênie F1 parece ser do tipo selvagem (Caso 2 – Figura \PageIndex{10})B), então cada um dos pais provavelmente carrega uma mutação em um gene diferente. Essas mutações seriam então chamadas de mutações não alélicas – em um locus diferente do gene. Essas mutações se complementam umas às outras.

Nota: Para que mutações sejam usadas em testes de complementação, elas são (1) geralmente de reprodução verdadeira (homozigotos no locus mutante), e (2) devem ser mutações recessivas. A mutação dominante NÃO PODE ser usada em testes de complementação. Lembre-se também que algumas linhagens mutantes podem ter mais de um locus gênico mutado e, portanto, não podem complementar mutantes de mais de um outro locus (ou grupo).

A. B.

Figure \(\PageIndex{10})A – Observação: Num teste de complementação típico, os genótipos de dois progenitores são desconhecidos (embora devam ser puros reprodutores, homozigotos mutantes). Se todos os progenitores de F1 têm um fenótipo mutante (Caso 1), não há complementação. Se a descendência F1 for toda do tipo selvagem, as mutações se complementaram com sucesso.

Figure \(\PageIndex{10})B – Interpretação: Os pais puros, homozigotos mutantes, tinham genótipos desconhecidos antes do teste de complementação, mas podia-se assumir que tinham mutações nos mesmos genes (Caso 1) ou em genes diferentes (Caso 2). No caso 1, todos os descendentes teriam o fenótipo mutante, pois todos teriam o mesmo genótipo homozigoto que os pais. No caso 2, cada progenitor tem uma mutação em um gene diferente, portanto nenhum dos progenitores de F1 seria homozigoto mutante em qualquer dos locus. Note que o genótipo no caso 1 poderia ser escrito como aa ou aaBB. (Original-Deyholos-CC:AN)

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