Castanha do Brasil, (Bertholletia excelsa), também chamada castanha do Pará, semente comestível de uma grande árvore sul-americana (família Lecythidaceae) encontrada nas florestas amazônicas do Brasil, Peru, Colômbia e Equador. A castanha-do-pará é particularmente conhecida no estado brasileiro do Pará, onde é chamada castanha-do-pará e é cultivada como uma das principais castanhas comercialmente comercializadas no mundo. A castanha-do-pará é comumente consumida crua ou branqueada e é rica em proteínas, fibra dietética, tiamina, selênio, cobre e magnésio. O óleo é frequentemente usado em xampus, sabonetes, condicionadores capilares e produtos para o cuidado da pele.

Noz do Brasil

Frutas duras e indeiscentes da castanha do Pará (Bertholletia excelsa). O fruto da esquerda foi aberto para revelar as grandes sementes comestíveis em suas cascas. A árvore é encontrada nas florestas amazônicas do Brasil, Peru, Colômbia e Equador.

Fernanda Preto/Alamy

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A castanheira cresce silvestre em povoamentos na bacia do rio Amazonas. Muitas vezes se eleva sobre os seus vizinhos, atingindo alturas de 49 metros (160 pés) ou mais, com a sua copa espalhada por 30 metros (100 pés) de diâmetro. O tronco em contraforte tem geralmente menos de 2 metros de diâmetro, mas já foram observados exemplares de 3 metros de diâmetro. As árvores têm folhas ovais com margens lisas e produzem flores de cor branca a creme com simetria bilateral.

Os frutos de parede dura são vagens esféricas, de 8-18 cm (3-7 polegadas) de diâmetro, que se assemelham a grandes cocos pendurados nas extremidades dos ramos grossos da árvore. Uma vagem típica de 15 cm (6 polegadas) pode pesar até 2,3 kg (5 libras) e contém 12-24 nozes, ou sementes, que estão dispostas como as secções de uma laranja. Uma árvore madura produzirá mais de 300 vagens, que amadurecem e caem ao chão de Janeiro a Junho. As vagens são colhidas do chão da floresta, e as sementes são retiradas, secas ao sol, e depois lavadas e exportadas enquanto ainda estão nas suas conchas. A casca marrom é muito dura e tem três lados.

A castanha do Brasil é um dos produtos não-madeireiros mais valiosos da Amazônia, mas é extremamente sensível ao desmatamento, por causa de suas complexas exigências ecológicas. As árvores produzem frutos apenas em habitats não perturbados e não podem ser cultivadas em povoamentos puros. Elas requerem grandes abelhas nativas para a polinização de suas flores semi-encerradas e dependem apenas de agoutis (roedores de médio porte) para a dispersão de suas sementes. As castanhas-do-pará são colhidas principalmente na natureza pela população local. Muitas comunidades de base florestal dependem da coleta e venda da castanha do Brasil como uma fonte de renda vital e sustentável, e a castanha doce fornece proteínas e calorias para os brasileiros tribais, rurais e até mesmo urbanos. Os nativos do Amazonas usam as vagens vazias como recipientes e fabricam a casca para tratar doenças do fígado.

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As castanhas do Brasil estão relacionadas a uma série de outras árvores tropicais valorizadas pelos seus frutos e nozes, incluindo a árvore de canhão (Couroupita guianensis), a pêra anchova (Grias cauliflora), e o pote de macaco (Lecythis species).

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