Descrição
Febre glandular, também chamada mononucleose infecciosa, é uma causa comum de faringite grave em adolescentes e adultos jovens. Está associada à infecção aguda pelo vírus Epstein-Barr. É reconhecido que no contexto da febre glandular aguda, alguns antibióticos, nomeadamente ampicilina e amoxicilina, podem levar a erupções cutâneas graves e generalizadas que envolvem as extremidades.1 A patofisiologia da erupção cutânea é desconhecida.2
Apresentamos um caso de um paciente de 18 anos de idade que apresentou ao seu clínico geral uma história aguda de dor de garganta e febre. A amoxicilina foi prescrita, e o paciente desenvolveu uma erupção cutânea maculopapular disseminada, sem branqueamento, 48 h após o início do tratamento (figuras 1 e 2).2). O paciente não tinha alergias conhecidas e não fez nenhum teste prévio de alergia. Um teste de Monospot foi positivo para febre glandular. A amoxicilina foi descontinuada, e a erupção cutânea melhorou gradualmente nas 3 semanas seguintes.
Fotograma clínico do tronco (A) e braço direito (B) demonstrando uma erupção maculopapular.
Fotoclínica dos membros inferiores ((A) Anterior e (B) Posterior) demonstrando erupção cutânea maculopapular.
O tratamento antibiótico não é rotineiramente indicado para o tratamento de faringite ou febre glandular.3 Quando indicado, a fenoximetilpenicilina é preferida à amoxicilina devido à menor incidência de erupções cutâneas associadas a antibióticos.
Pontos de aprendizagem
-
Ampicilina e amoxicilina devem ser evitadas em pacientes com faringite quando a febre glandular é considerada uma possibilidade.
-
O tratamento antibiótico não é rotineiramente indicado para faringite e febre glandular.
-
Fenoximetilpenicilina (penicilina V) pode substituir a amoxicilina/ampicilina nos casos em que a terapia antibiótica é desejada.