Aqueles que ficam para trás no pagamento de seus empréstimos são mais prováveis ver a queda em sua pontuação, de acordo com o Wall Street Journal, que primeiro relatou as mudanças. A FICO também planeja marcar os consumidores que se inscrevem para empréstimos pessoais, que geralmente são considerados mais arriscados, uma vez que estes não são garantidos e normalmente não exigem garantias como um carro ou uma casa.

“Os consumidores com inadimplência recente ou alta utilização provavelmente verão uma mudança para baixo e, dependendo da gravidade e da rectidão da inadimplência, ela poderá ser significativa”, disse Dave Shellenberger, vice-presidente de gestão de produtos da FICO, em uma declaração.

O novo modelo de pontuação provavelmente também criará uma lacuna maior entre aqueles que são considerados bons riscos de crédito e aqueles que não o são”. Os consumidores que já têm um bom crédito, por exemplo, e que continuam a reduzir os seus empréstimos já existentes e a fazer pagamentos dentro do prazo, verão pontuações mais altas. Mas aqueles que tiverem uma pontuação abaixo de 600 verão maiores quedas em suas pontuações sob o novo modelo.

Esta é uma mudança de muitas das políticas favoráveis ao consumidor que surgiram nos últimos anos com o objetivo de reforçar as pontuações de crédito e construir pontuações para aqueles com pouco ou nenhum histórico de crédito, adicionando no histórico de pagamentos e informações da conta.

“Infelizmente nos encontramos em uma época em que está se tornando comum diminuir a amplitude de informações sobre relatórios de crédito”, diz Ulzheimer, acrescentando que as gravames, julgamentos, cobranças médicas e dívidas médicas foram removidas ou adiadas de alguns modelos de pontuação de crédito.

“Tudo isso é ótimo para consumidores que têm gravames, julgamentos e cobranças médicas… mas não é ótimo para modelos de pontuação e seus usuários”, acrescenta Ulzheimer. Mas ele observa que o novo modelo de pontuação também não é “pouco amigável para o consumidor”. “As pessoas com bom crédito vão pontuar mais alto com modelos mais novos. As pessoas que têm risco elevado vão ter uma pontuação mais baixa”

Apesar das mudanças, pode levar algum tempo para que os consumidores percebam as novas mudanças”. Isso porque “a mudança vem lentamente no monitoramento de crédito”, diz o analista da indústria CreditCards.com, Ted Rossman.

É o banco e os credores que decidem qual modelo vão usar. O último modelo de pontuação FICO em uso é o FICO 9, que foi lançado em agosto de 2014, embora muitos emprestadores ainda utilizem modelos mais antigos, como o modelo FICO 8, que saiu em 2009. Enquanto isso outros emprestadores preferem usar o VantageScore, que é produzido pelas agências de crédito Experian, Equifax e TransUnion.

“Ao invés de ficar muito pendurado em qual modelo um determinado emprestador está usando, os consumidores devem praticar bons hábitos fundamentais, como pagar suas contas a tempo e manter suas dívidas baixas”, diz Rossman.

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